O milho roubado
Esta história realmente aconteceu, aqui no lugar chamado Barra da Lagoa, envolvendo três amigos que residiam em Ribeirão (Leonídio, Eduvirgem e Baziléu) O Senhor Eduvirgem que graças a Deus ainda está vivendo na mesma localidade, contou que ele e o seu compadre Leonídio foram plantar uma roça de milho, na Barra da Lagoa, que ficava muito distante das residências deles. Faltou milho (expressão da época), para acabarem de plantar a roça. Malfazejos que só eles, tiveram uma ideia nada feliz. Ambos se combinaram de arrancar o milho que o Senhor Baziléu havia plantado na véspera, numa roça ao lado alegando que no dia seguinte voltariam lá e, plantavam o milho na roça do vizinho. Assim fizeram. Plantaram a roça deles e foram embora. Três dias após, encheram os bolsos de milho e, “foram pagar" o milho do Senhor Baziléu. Ao chegar na roça, cada um mais brincalhão que o outro, começaram a disputar quem iria fazer a cova na roça do homem, para plantar o milho. Um não queria fazer a cova e, o outro muito menos, porque realmente é o serviço mais difícil. Na brincadeira, um não queria ceder ao capricho do outro. O Senhor Leonídio disse: "Se o Senhor não quer fazer a cova, então o milho não será plantado". Dito e feito. Só que antes de virem embora, ao redor da roça tinha um formigueiro de formiga carregadeira e, colocou o milho dentro do formigueiro. Guardaram esse feio segredo até um certo tempo. Após uns dias, o Senhor Baziléu e eles foram visitar a roça, para ver se o milho tinha nascido. Chegando na roça, o Senhor Baziléu coitado, sem saber de nada, chamou os dois e disse: Vocês acreditam que essa malha de milho, não foi capaz de nascer? Os dois com a maior cara de pau, olharam um para o outro e começaram a disfarçar. De repente, o Senhor Leonídio fingindo, foi onde havia colocado o milho e, chamou: Primo Baziléu, vem cá! Não é que o seu milho a formiga trouxe tudo para o formigueiro e, nasceu tudo num montinho! O pobre do Senhor Baziléu morreu acreditando que teria sido verdade, porque além de ser uma pessoa muito bondosa, era muito de boa fé.